sábado, 29 de novembro de 2008

1974/Vôo Especial Vasp


Flavio Musa Guimarães havia assumido a presidência da Vasp (Viação Aérea São Paulo) no governo Paulo Egidio. Numa conversa com meu irmão Haya, durante um evento, sugeriu que apresentássemos um piloto de programa de rádio dirigido ao publico classe A, que gostaria de patrocinar. Flávio nos deu carta branca para criar e veicular o programa, na emissora que achássemos conveniente.

É claro que tudo deveria passar pelo crivo da agência de propaganda da Vasp, que era a Almap, de Alex Perissinoto.

Estávamos à época, dedicados a nossa assessoria de imprensa e a produção de alguns eventos musicais. O rádio nos fazia falta.

Debruçamo-nos sobre este projeto e  gravamos o piloto, no estúdio Publisol, do amigo Salomão Esper, com a locução de Chico Palmeiro, indicado pelo próprio Salomão. Imaginávamos uma voz estilo” Eldorado” e a de Chico, casava-se bem com o que queríamos. No decorrer dos anos, passaram ainda pelo programa, Mario Lima, Carlos Alberto do Amaral, Roberto Arruda e no último ano, acumulei as funções de produtor e apresentador.

A produção musical, era dividida como sempre: Haya selecionando o material de música brasileira, eu o de música americana. Como de hábito, gostávamos de incluir material exclusivo, razão pela qual, usávamos nossa própria discoteca e material que encomendávamos, inclusive para o próprio presidente da Vasp, durante suas viagens.

O programa trazia roteiro turístico das cidades aonde a Vasp chegava, e dicas  com os principais colunistas de literatura, variedades, artes plásticas, cinema, teatro, literatura e sociedade. Era um programa dirigido a classe A,  fomos então buscar, nomes como Sábato Magaldi , Casemiro Mendonça, Olney Kruse, Leo Gilson Ribeiro, Rubens  Ewald Filho, Luciano Ramos , Jacob Klintowitz , Moacir Amâncio, e outros que enriqueceram e deram um toque de classe ao "Vôo Especial Vasp".

Ao finalizarmos o piloto do programa, orientados por Flávio Musa, fomos apresentá-lo a Almap e seu departamento de rádio, para uma avaliação. Flávio havia gostado bastante.

Com a fita do piloto nos reunimos com o departamento competente. Lembro-me de nomes como Otto Vidal, Arapuã entre outros, que analisando o programa, acharam-no semelhante ao "Varig é dona da noite", programa que, durante alguns anos, foi sucesso nas noites da rádio Bandeirantes e criação de nosso amigo Henrique Lobo.

Discordamos totalmente daquela apreciação. Saímos do departamento de rádio da Almap com a impressão de que, aquele pessoal conhecia muito de comerciais para rádio, mas pouco de programas de rádio.

Dalí, fomos diretamente à residência de Henrique Lobo com a fita cassete e o gravador, pedimos que ouvisse, e desse sua impressão gravada no outro lado da fita. Henrique ouviu  atentamente. Em seu depoimento, afirmou que não tinha nada a ver com "Varig é dona da Noite", e elogiou a criatividade do programa.

De volta com o depoimento de Henrique Lobo, Flavio Musa, comunicou-se com  a agência, autorizando a entrada do programa no ar.

Nesse meio tempo, havíamos negociado com Samir Razuk, superintendente comercial da Rádio Bandeirantes, e com Helio Ribeiro, diretor artístico, dia e horário adequados a este tipo de programação: domingos das 22 as 23:45 hs. Durante 4 anos, o programa foi ao ar. Recebeu várias menções na câmara municipal e assembléia legislativa pelo nível de informação, que fornecia a seus ouvintes, mas uma das coisas que mais prazer me deu foi, por várias vezes, ouvir de motoristas de taxi, que me levaram ao edifício Radiantes, que eram ouvintes de meu programa, um programa feito para a classe A.

Saudosamente, deixo com vocês a nossa abertura:

Em São Paulo, 22 horas. A partir desse momento estão suspensos todos os vôos... A partir desse momento começa um vôo especial. Afrouxe os cintos, recline a poltrona e boa viagem...”

Na foto acima Roberto Arruda entre Haya  e Lafayette durante gravação do Vôo Especial Vasp



terça-feira, 18 de novembro de 2008

1968/Helio Ribeiro


Em janeiro desse ano, às vesperas do nascimento de Alexandre, meu primeiro filho, fui despedido da Cia. Ultragaz, aonde exercia as funções de assessor do departamento de comunicação. Cuidava dos press-releases, acompanhava as campanhas publicitárias, fiscalizava nossos comerciais e cenários do Ultranotícias, espécie de Jornal Nacional na TV Tupi, e vez por outra, representava o vice presidente em ocasiões sociais. 
Entrava nos  eventos, cumprimentava, assinava livro de presença e pulava fora.Normalmente eram eventos chatos, mas Henning Boilisen, o vice presidente, nutria uma simpatia por mim e, creio, além de não querer ir, achava que me sentiria importante em representá-lo.
Eu gostava mesmo era de ir até a TV Tupi, checar as coisas, bisbilhotar o cenário e bater papo na redação com o Gonçalo Parada, responsável pelo noticiário, patrocinado pela Ultragaz .
Um dia, enquanto, Boilisen estava de férias, recebi a notícia, de que, por medida de economia, haveriam  cortes no departamento. Eu e mais dois funcionários fomos os atingidos.
Nesta época, morava numa pequena vila nos Jardins, na rua Caconde 117 c/2.  
Numa das casas, que dava fundos pra a vila, morava um advogado, que, de vez em quando, era flagrado de"  robe de chambre", passeando com seu cachorrinho pela calçada. Era Marcio Thomaz Bastos, hoje um renomado jurista e ex-ministro. 
Na vila em frente a nossa, que existe  até hoje, morava o ex-governador Lucas Nogueira Garcez. Enfim, era um lugar que abrigava alguns importantes personagens, e serviu de berço para receber outros não menos importantes.
Eu estava bastante preocupado, pois um desses personagens havia acabado de nascer, e eu precisava trabalhar para sustentá-lo. Aliás, esse , anos mais tarde reencontrou Marcio Thomaz em Brasilia, como advogado da empresa da qual é hoje presidente.
Costumava fazer as compras no Pão de Açucar da Brigadeiro Luiz Antonio, bem perto de minha casa. Era muito comum cruzar com os irmãos Diniz, Abilio, Arnaldo e Alcides, que moravam numa travessa da Brigadeiro e trabalhavam no escritório, ao lado daquela loja. Numa dessas idas ao supermercado, me deparei com aquela figura impar, que era Helio Ribeiro. 
Tivera um breve contato com ele, quando trabalhei na Record e ele na Jovem Pan. Criou vinhetas, mudou a cara da rádio, revolucionou. Cruzávamos  nos corredores da rádio, e ele contava que era ouvinte do programa, Última Audição, que eu fazia com o meu, já conhecido, irmão Haya . Helio, como eu, era fã de Frank Sinatra, arriscava até cantar alguns sucessos do "blue eyes". Tínhamos sempre o que conversar. Ao final destas nossas conversas, vinha a frase: "Precisamos trabalhar juntos". 
E,  naquele dia, quando me encaminhava ao supermercado, Helio estava na porta de uma oficina mecânica, aguardando terminarem o serviço em seu carro, um Mustang. Quando me avistou, foi logo perguntando: "gêmeo o que estás fazendo?" "Estou desempregado", respondi. Ele, na mesma hora, enfiou a mão no bolso trazeiro da calça, tirou um papel e me mostrou: "Olha isso, acabei de assinar contrato com a rádio Tupi, mas não conte a ninguém, pois devo assumir a diretoria artística da emissora somente dentro de 15 dias. E o brother ?"Respondi que o Haya estava trabalhando na TV Bandeirantes. Ele disse que não era problema, tiraria o Haya de lá para que a dupla se refizesse. Ele queria os dois. 
Na rádio Record, tínhamos um esquema no programa, onde o Haya falava de música brasileira, e eu, pela minha vivência e conhecimento, de música americana. Pensei que o Helio nos queria  em seu projeto, por causa disso. Para minha surpresa, ele tinha em mente, algo inusitado. Na cola das escuderias, que eram  sensação da época, haja visto que a TV Record tinha um programa, líder de audiência, que era uma gincana feita com escuderias, Helio criou, e queria o nosso comando num projeto chamado "Somos do Amor do Motor e da Flor. Aproveitaria a estrutura das escuderias, que estavam nos quatro cantos da cidade, e a força da rádio Tupi, para fazer o bem ao próximo. Criou o SST - Serviço Social Tupi.
Centenas de milhares de adesivos foram espalhados pela cidade. Não havia taxi, que não exibisse aquele decalque colorido e muito bem desenhado. Carros rodavam a cidade com aqueles adereços e, a todo o momento, uma vinheta na rádio, anunciava a ação dos" volantes da fraternidade ".
Fizemos muitas campanhas, arrecadamos muitas latas de leite em pó, medicamentos, verbas para o Hospital do Fogo Selvagem, Sanatorinhos, promovemos um natal para mais de 400 crianças, foi um trabalho muito gratificante.
Mas um fato, me marcou muito naquela ocasião. Na porta da Tupi, tinha um garoto que engraxava sapatos. Quando Helio assumiu a direção da rádio, permitiu que aquele garoto subisse, o que era proibido, aos andares superiores do prédio, para poder engraxar mais sapatos e assim, ganhar mais, pois o menino sustentava vários membros da família. Tempos depois, o garoto estava na discoteca da rádio catalogando discos, e alguns anos mais tarde,  Montival Silva, aquele garoto,  ocupava o cargo de superintendente da rádio Capital, que foi montada pelo Helio para Edwaldo Alves da Silva, e de quem, Montival se tornou assessor. Esse era Helio Ribeiro,  gênio e visionário. Nossos caminhos se cruzaram muitas vezes mais.

Na foto representando a Cia. Ultragaz em evento no Palacio do Governo, converso com o secretário de Abreu Sodré,  Felicio Castelano.

 

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

1965/Rádio Piratininga


Desde cedo me interessei por rádio. Garoto ainda, já possuía radinhos de galena, que só eram audíveis através de fones, e que captavam duas, no máximo tres estações. Todas com o mesmo nivel de som. Me divertia muito com isso. Ainda hoje coleciono radinhos de pilha. 
Meu sonho mesmo, era trabalhar em uma emissora de rádio, mesmo antes de saber que, na madrugada de 9 de julho de 1934, meu velho e inesquecível pai, Guillermo Hohagen, foi o responsável pela primeira transmissão radiofônica Brasil-Argentina, promovida pelo jornal "Crítica", do qual era correspondente.
A Rádio Piratininga pertencia a familia Leuzzi, que era do interior, comandada por Miguel Leuzzi, médico e político, e tinha nos jovens membros do clã, a responsabilidade de dirigí-la.Mas a rapaziada não era do ramo, e a emissora era comandada por mãos estranhas, muitas vezes competentes e outras menos. 
Wilson Brasil foi um destes competentes, que segurou o quanto pode a emissora. Lembro-me o quanto sofria, quando nos dias de pagamento de salários, passava alguém do clã e limpava o caixa. 
A rádio  era praticamente sustentada pela Tatuzinho a cachaça da moda. Por lá passaram grandes nomes como Salomão Esper, Silvio Santos, Walter Silva, Lencione Filho, Reinaldo Santos, que comandavam programas como "Torre de Babel", "A Galera do Nelson", "Juvêncio, o justiceiro do sertão", e tinha uma característica: as badaladas dos sinos do mosteiro de São Bento, anunciavam a hora certa, narradas por Salomão Esper.
Nessa época, levados pelas mãos de Berto Filho, tínhamos um programa sui-generis na emissora. Chamava-se "Bossa à Noite". Entrava no ar a meia noite e ia até as 2 da madrugada. Começamos Haya Hohagen, Claudio Mamberti, Renato Correia de Castro e eu. 
A equipe durou pouco, Renatão e Claudio pendiam para comentários políticos durante o programa, o que nos desagradava. Nós quatro, fazíamos comentários sobre os novos talentos, sobre músicas lançadas, mas não queríamos no programa, externar nossas posições políticas, o que era também a orientação da emissora.  Aquele era um programa músical.  Só executava fitas gravadas de shows de bossa nova . Era proibido tocar discos. Como produziamos muitos shows, tínhamos farto material. 
Recebíamos visita dos artistas, que se apresentavam ao vivo. O estúdio da rádio, tinha um maravilhoso piano de cauda Steinway, que mandamos afinar para recepcionar nossos convidados. Assim foi com o Jongo Trio, que lançou seu disco no programa sem tocar uma só faixa. Tudo ao vivo. Assim foi com Zimbo Trio e vários outros.
Começamos com fitas de nossos shows, mas aos poucos fomos exibindo material, que outros produtores nos enviavam. Lá apresentamos musicais famosos, como Arena conta Zumbi e outros. O programa cresceu bastante, e o diretor passou a ceder pessoal da técnica para gravar até shows que aconteciam fora da cidade. 
Nosso público era bem qualificado. No começo ligávamos para o pessoal avisando que íamos por seu  show no ar. Claro que amigos e parentes eram imediatamente acionados, e assim, ia aumentando a audiência. 
Muitas vezes, eles é que ligavam, pra perguntar se estariam no programa daquela noite. Lembro me de uma ouvinte em especial, que nos pedia para avisá-la todas as vezes que seu filho cantasse em nosso programa. Chamava-se Maria Amélia. Seu filho, um jovem estudante de 18 anos de nome Francisco. Chico. Chico Buarque de Holanda.

Na foto acima, o amigo Berto Filho, em visita recente a São Paulo.

sábado, 1 de novembro de 2008

1957/New York


Lembro-me bem da chegada a New York! 
Depois de uma longa viagem até Miami pela Real Aerovias, meu irmão Sandino e eu, fizemos uma conexão para Chicago, aonde ficamos alguns dias, e depois, a bordo de um ônibus de dois andares da Greyhound, chegamos a Manhattan.
Meu pai já tinha providenciado tudo.Tinha alugado um apartamento com um piano na West 76th and Broadway e matriculado Sandino na Julliard School of Music. 
Eu faria curso de inglês e piano com liberdade de escolher um professor de jazz. Até então, nossos estudos  musicais eram restritos a música clássica. Tive sim, grandes mestres. Heitor Alimonda,Guilherme Fontainha e Walter Schultz Porto Alegre foram alguns, na época que morávamos no Rio de Janeiro até 1950. 
Quando viemos a São Paulo, depois que a situação financeira melhorou, ingressamos na Pro Arte do Koellreuter, mestre de Jobim e muitos mais. 
Em NY, estava liberado para minhas incursões na área jazzística. Mergulhei fundo. Já arranhava um pouco de samba canção e música americana, que tirava de ouvido, enquanto meu pai não estava por perto. 
Os primeiros dias de NY foram de pura perplexidade! Central Park, Riverside Drive, Broadway, Times Square, Greenwich Village. Era como se estivesse em um sonho, ter tudo aquilo a minha disposição. Eram cenários de vários filmes que assisti e que participei como  personagem, e que só voltava a realidade, quando os letreiros anunciavam The End. 
Na época, ir aos Estados Unidos, era o sonho de 10 entre 10 jovens da minha idade. Só conhecíamos a terra do Tio Sam através de filmes ou jornal da tela, que era apresentado nos intervalos das matinés de domingo. Agora, estava eu alí. 
Da janela de meu apartamento, podia observar a Broadway com seu trânsito nervoso, carros de bombeiro, de polícia, sirenes, a neve caindo, grupos de jovens, que se juntavam nas esquinas e se punham a cantar ou tocar algum instrumento, quebrando com a música um pouco daquele movimento típico da cidade. 
Meu pai ficou pouco tempo conosco em NY. Mas, antes de partir para alguma missão política (era secretário do partido peruano APRA de Haya de La Torre), nos levou para conhecer alguns amigos, e ele tinha muitos. A maioria exilados políticos. 
Na época,  América do Sul e Central, viviam  o seu período mais fértil de ditaduras. Havia também, os amigos brasileiros do meio cultural e diplomático. 
Certa vez, nos levou a casa de Dna. Nair Mesquita, que era consul e mais tarde se transformou em funcionária emérita do consulado brasileiro em NY. 
Todas as atividades artísticas de que se tinham noticias, eram promovidas por aquela senhora, extremamente simpática e gentil . Ajudava a todos que a procuravam. Gostava de promover todo artista brasileiro, que soubesse estar na cidade. 
Quando fomos apresentados, Sandino e eu, percebemos que Dna. Nair, era velha amiga de meu pai. Sabia até que tinha filhos gêmeos, tanto que, ao entrarmos no grande salão de sua casa, veio em direção a meu pai, cumprimentando-o efusivamente "Guilherme querido que bom te ver! esses são os gêmeos?"Sandino e eu, que somos parecidos só no sobrenome, tivemos que nos conter para não cair na gargalhada. Dna. Nair já estava sentindo a idade chegar.
Naquela noite, com o apartamento repleto de artistas, pintores, músicos, poetas, Dna. Nair combinou um sarau de música brasileira e, evidentemente nos convocou. 
Sandino era, já na época, um excelente pianista e maestro. Tinha regido a orquestra sinfônica da Bahia, acompanhado vários cantores, enfim, pra ele tudo bem, mas eu tinha parado meus estudos de música clássica, e, de música popular, o que tocava, era de ouvido, nem partitura tinha. Mas, tudo bem. Combinamos horários, local, ensaios, etc. Foi feito um programa, divulgado no consulado, nos escritórios comerciais, que na época proliferavam por lá, e no meio dos comerciantes, que alí se estabeleceram. 
Era uma festa brasileira, para brasileiros. E ninguém negava nada para Dna. Nair. Lembro-me que ela, o tempo todo ao telefone, fazendo seus contatos e convites, fazia questão de mencionar, que traria um grande artista para aquele sarau. 
Dia do evento. Apresentaram-se quatro meninas dançando, um trio, que imitava o Trio Irakitã, um pandeirista /passista, cujo nome artístico era "Kiko from  Brazil", eu ao piano (consegui tirar de ouvido de um 78 rotações de Dna. Nair ,"Maracangalha"), Sandino uma peça clássica. 
Na hora da grande atração, um problema: o pianista, que acompanharia a principal atração,  se perdeu, não chegou. Dna. Nair, que era a Mestre de Cerimônia, não teve dúvida, pegou o Sandino pelo braço, e disse: "preciso urgente de sua ajuda, você vai ter que acompanhar o cantor". Sandino na hora tranquilizou-a, disse que podia anunciar a atração, pegou as partituras, dirigiu-se ao piano deu o primeiro acorde, que era a deixa pra Dna. Nair anunciar:
"Ë agora com vocês Ron Coby!! 
Para a surpresa de todos, Ron Coby era Cauby Peixoto. Desnecessário dizer que, realmente, foi a grande atração do sarau.

Na foto acima, na 75th street and Broadway