O jornalista Humberto Mesquita, certo dia apareceu em nosso escritório da Rua Pamplona, com a idéia de fazer uma feira de som.Ele tinha alguns clientes interessados, e acreditava no sucesso do empreendimento. Propôs uma parceria, já que, por suas diversas atividades como jornalista, não tinha como se dedicar full time ao projeto. Gostamos, Haya e eu, da idéia e topamos ir em frente .
Confesso que não foi nada fácil. Afinal de contas, tínhamos um escritório de assessoria de imprensa e nunca havíamos, profissionalmente, circulado por esse mundo das “feiras”, a não ser claro, por algumas visitas a Fenit e ao Salão do Automóvel, que eram realizadas no Parque do Ibirapuera , e nunca com foco comercial.
Começamos a juntar as peças necessárias para a realização do evento: onde fazer a feira, quem montaria os stands, equipe de vendas, divulgação, parcerias etc.etc. (e eram muitos eteceteras!). Don Guillermo nos ensinou a nunca fugir dos desafios. Quando nos dava uma tarefa, era lei, não voltar para casa sem ter resolvido a missão.
Sempre tivemos bons amigos, e foram eles que nos deram alguns dos caminhos para o sucesso do evento.
Em um dos encontros que tínhamos semanalmente no “Jardim do Chopp”, na Al.Casa Branca, com a “turma do Caio”(Caio Pompeu de Toledo) e que tinha a participação entre outros de Carlos Ergas, Marice Capodaglio, Américo Fialdini, Caio de Carvalho(Caito), Luiz Roberto do Nascimento (Mosca) , comentei sobre a idéia e o Caio nos sugeriu o Clube Pinheiros, lugar que ele considerava ideal, além de que, como conselheiro do clube, ter chances de nos ajudar.
Caio era uma raridade como político, não se comprometia com o que não pudesse realizar. Não engavetava pedidos e nem projetos.
Dias depois, estávamos na sala de um diretor do Clube Pinheiros junto com Caio, acertando as datas para a Expo-Som
A feira foi realmente um sucesso. Fizemos algumas parcerias bem interessantes, que deram um peso ao evento, como a com o semanário Shopping News, que tinha mais de 200 mil exemplares circulando todo o final de semana, e a Rádio Excelsior, que montou um estúdio na feira, de aonde transmitia parte de sua programação e promovia lançamentos de discos com artistas autografando seus Lps.
Durante a feira fizemos um show, quando gravamos um LP ao vivo para o selo Odeon, com vários artistas nacionais como Gonzaguinha, Simone, entre outros. Também durante a Expo-Som 73, foram lançados vários equipamentos modernos e muitas novidades fonográficas.
Diante do sucesso da Expo-Som 73, que se realizou de
Na foto abaixo da esquerda para a direita, Haya Hohagen, Humberto Mesquita, Lafayette Hohagen, Caio Pompeu de Toledo, Carlos Ergas e Don Guillermo Hohagen.
2 comentários:
Grande Lafa,
Pioneiro das feiras no Brasil, hein?! Lembro de quando era criança e meus pais me levavam na FACIL (Feira Agro-Científica e Comercial de Limeira). Na verdade, era uma grande exposição de máquinas agrícolas com shows de artistas meio famosos. Eu me divertia!
Abraço,
Lafa,
Hoje, depois de 38 anos, enquadrei e pendurei o meu amado poster da Expo Som 73. Queria te dizer, que ao 14 anos, essa feira me deixou deslumbrado. Ja um futuro audiofilo, amei poder ver os stands com com equipamentos HiFi. Ainda me lembro do clima da feira, encantanda pelos estrobo-flashes de Frata.
Tambem nao sei se foi por influencia do poster, acabei me tornando colecionador de gramofones.
Um abraco, Sergio Dratwa
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